domingo, 27 de novembro de 2011

Não é que seja exatamente corajoso, 
meu coração tem é isso de bom: 
não  ocupa espaço com mágoas e, 
com o tempo, ele se tornou desmemoriado 
pra assuntos de frustração. 
Quando me dou conta, lá está ele amando de novo, 
sorriso de orelha a orelha, 
com tal frescor que parece que nunca foi ferido.
Dá, sim, pra ver uma cicatriz aqui e ali, 

outras mais adiante, que cicatriz não morre, 
mas ele não liga. 
Nem eu. 
Não é que seja exatamente teimoso, 
meu coração tem é isso de bom: 
gosta de amar. 
Eu também...


Ana Jácomo

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