Surgiu como um clarão
um raio me cortando a escuridão
e veio me puxando pela mão
por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
e eu fui me enganando sem sentir
e fui abrindo portas sem sair
sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você
O amor em seu carvão
foi me queimando em brasa no colchão
e me partiu em tantas pelo chão
me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
e eu até perguntei, mas ninguém viu
e fui fechando o rosto sem sentir
e mesmo atenta, sem me distrair
não sei quem é você
No espelho da ilusão
se retocou pra outra traição
tentou abrir as flores do perdão
mas bati minha raiva no portão
e não mais me procure sem razão
Me deixe aqui e solta a minha mão
eu fui fechando o tempo, sem chover
fui fechando os meus olhos, pra esquecer
quem é você?
Carvão, Ana Carolina
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