sábado, 10 de março de 2012


Mas é claro que o sol vai voltar amanhã...
Mais uma vez, eu sei.
(Renato Russo)

Eu fico pensando se não somos tão carentes ao ponto de não viver melhor sem alguém.
E há tanto medo de não ser escolhido, e de ser escolhido e ser trocado, ou ainda de não ser escolhido totalmente, ou de escolher e viver achando que essa escolha é uma prisão.
Mas enquanto penso nisso tudo, eu lembro de nós dois, do nosso pacto pelo total aproveitamento diário, essa liberdade quase imposta de saber poder ir embora quando não for mais tão essencial.
Eu lembro que se estamos juntos é porque, todos os dias, ao acordar e nos olharmos tão frágeis, tão fortes, tão vulneráveis, tão entregues, nós fazemos novamente a escolha de ontem, e cumprimos o resto do dia alimentando esse “estarmos juntos” com intensidade e delicadeza.
Eu fico pensando nos nossos ajustes e na vontade que temos de ter sabedoria em meio a toda essa embriaguez da paixão e de ter a tranquilidade de quem sabe que o sol voltará amanhã.
E acho que se esse ainda não é o caminho certo, pelo menos, é o mais bonito por enquanto. E o que me deixa mais inteira, a cada passo.
E fico pensando enquanto avanço: eu amo construir a mesma estrada com você...
Eu amo morar no teu abraço.

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