domingo, 4 de março de 2012
“Ninguém entra num mesmo rio uma segunda vez. Pois quando isso acontece, já não se é o mesmo; assim como as águas, que já serão outras.”
Foi um filósofo grego, Heráclito de Éfeso, que fez esta formulação que até hoje nos fascina. O fluxo eterno das coisas é a própria essência do mundo. E se ainda hoje ficamos espantados com isso, é porque nos apegamos teimosamente ao que já passou, esperando, no fundo, que tudo permaneça igual. Então, é necessário um filósofo da antiguidade, ou um escritor contemporâneo, pra nos fazer entender que nada é permanente, a não ser a mudança.
“O mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não são sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade maior, é o que a vida me ensinou.” Guimarães Rosa
O filósofo flagra a fluidez, e o escritor se maravilha com isso. “É o mais bonito da vida” - diz Guimarães Rosa. É uma celebração do movimento; não é um lamento. O tempo não para. E isso é belo. Então, quando me encontrares, eu serei outra. E você também.
A vida da gente
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